segunda-feira, maio 07, 2012

:: recomeço ::

Queria ter a chance de recomeçar a minha vida no mundo virtual.

Primeiro com um e-mail novo, quase que secreto. Um e-mail que servisse aos meus propósitos e das pessoas com quem eu realmente preciso e gosto de me comunicar. O meu e-mail atual tem se revelado uma fonte inesgotável de.... cansaço. São tantos anúncios, tantas promoções, tantos convites e tantas facilidades - assim colocadas - pelo meu Banco, pelas empresas de cartão de crédito, companhia aérea, e pelas redes sociais (essas merecem um parágrafo a parte) que, entre um spam e outro, e completamente levada pelo fluxo, começo a realizar que mereço saber de tudo mesmo.

Tudo, todos e a todo tempo. É uma quase-loucura que eu devo ter feito por onde para merecer... ou não fiz? Estranho como a gente parece ter perdido o direito básico de decidir se aquela informação é ou não relevante para a nossa vida, ou se, pelo menos, é do nosso desejo ir até ela. Alguém já decidiu isso por mim e eu é que não vou me dar o trabalho de pedir a essas gentis pessoas e a essas gentis empresas que parem de me enviar tanto lixo. E quanto a mim, vencida pelo cansaço, nem faço questão de contestar. Brigar pelo direito hoje em dia dá muito trabalho.

E o facebook, então? Estava aqui pensando que a adesão a esta rede social hoje em dia é uma atitude kamikaze. Um erro que vai contigo para além dos 7 palmos do caixão. Exagero? Eu não acho... Tente se deletar, fazer uma faxina "espiritual" na sua rede de contatos e voltar depois para ver se o feitiço não volta contra o feitiçeiro. É pior do que macumba, pior do que corega ou grude de quebra-queixo!

No começo a gente acha legalzinho quando aquele colega de longa data te envia uma solicitação de amizade ou quando aquele simpático amigo do amigo do seu amigo com quem você saiu para jantar te adiciona. Você também acha legal curtir, e curte. Compartilhar fotos da sua última viagem e dos momentos felizes de alguma comemoração também. Mas aí você realiza que o barato é compartilhar essas informações com no máximo 20 pessoas, aquelas mais interessantes da sua lista. Realiza, tardiamente, que o único responsável pela sua privacidade é você mesmo e que com a velocidade que as coisas estão acontecendo e se firmando na internet, ninguém consegue passar desapercebido ou percebido apenas por um grupo de 20 pessoas.

Em todo caso, reativar o blog traz de volta essa ilusão perigosa a minha vida.

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